segunda-feira, 16 de novembro de 2015

banal






 
Nestes gestos tão banais
Um quê de eternidade
O corpo sob o sol
A luz desenha o instante
Agora o que vejo logo foge
Mas das retinas à alma
Fica o gosto de um além
Além do tempo
Além de mim, além de ti
Além de nós
Um vislumbre de eternidade
 
Não se engane
Se perde tanto a cada instante
Esqueça disto ou mantenha em mente
Não se consuma em lamentos
A dor persiste
Mas em cada instante
Tente alcançar o infinito
É só o que temos
A certeza do agora
 
Não tranque a porta
Não tranque a alma
Mude a rota
Desencaminhe-se
Para alcançar o imperdível do instante
É tão difícil não se perder de tudo
De si
Do tempo
Tão raro